quinta-feira, 22 de junho de 2017

Jejum Intermitente de forma segura e eficaz

Muitos pacientes já vieram me perguntar: Por que vocês nutricionistas são contra o jejum intermitente? 



Bom, vamos lá! Não sou contra, já orientei sim alguns pacientes a fazer, e tivemos resultados significativos, mas não indico a todos! Não existe uma regra para todos, cada paciente sai do meu consultório com um tipo de plano alimentar, não existe um plano alimentar universal que irá beneficiar a todos, é muito individualizado. Por isso em uma consulta é feito toda uma avaliação de peso, altura, massa muscular, massa gorda, massa óssea, anamnese, recordatório e etc. 

O jejum intermitente precisa ser muito bem planejado e muito bem acompanhado por um profissional nutricionista de perto, para que os benefícios dele possam dar resultados seguros. Falo isso, pois tenho visto muitas pessoas fazendo sem uma orientação profissional, sem um acompanhamento, emagrecendo sim, mas ficando deficiente de alguns nutrientes, tendo hipoglicemia, muita dor de cabeça,  desmaiando em academias, gerando transtornos alimentares como anorexia e bulimia, pessoas ficando compulsivas por alimentos calóricos, pessoas exagerando na quantidade de gordura ao abrir a janela alimentar e etc. 

O jejum intermitente tem ou não tem benefícios?

Sim, tem, desde que seja feito de forma correta. 
Muitos estudos vem surgindo e sim mostrando benefícios como o emagrecimento de forma eficaz, redução dos níveis de insulina,  redução de colesterol, glicose, triglicerídeos e perda de gordura visceral por diminuir a circunferência abdominal. Os resultados desses estudos mostraram benefícios pois as pessoas selecionadas foram acompanhadas de perto e monitoradas por um profissional. Porém ainda não há comprovação científica que esse método utilizado em longo prazo é benéfico a saúde.

Existem vários protocolos que podem ser seguidos que diz a respeito das horas que serão privadas de alimentação.

E qual dessas escolher, 16 horas, 24 horas, 36 horas? 


  • Jejum de 16 horas -  É o mais comum, consiste em comer em uma janela de 8 horas por dia, e não comer nas outras 16 horas. Exemplo: Se você dorme das 23h as 7h, já são 8 horas de jejum. Basta adicionar 4 horas antes de dormir e 4 horas depois de acordar em jejum. Ou seja, acordar as 7h, almoçar depois das 11h e jantar antes das 19h;
  • Jejum de 24 horas - Consiste em fazer 24 horas de jejum, duas vezes na semana. Exemplo: Se você jantar hoje as 20h, fique até amanhã as 20h sem comer nada. Sendo feito isso 2 vezes na semana;
  • Jejum de 36 horas - Comer normalmente um dia, com o jantar como última refeição. Faz o jejum o dia seguinte inteiro e começa a comer 36 horas depois do início do jejum. Este mais indicado para atletas que precisam chegar ao peso de sua categoria de forma rápida para uma competição, porém muito perigoso se este não for acompanhado severamente por um profissional.
  • Dieta 5:2 - Consiste em comer 2 dias na semana, apenas 500-600 calorias por dia. Nos outros dias a alimentação é normal (saudável e bem estruturada);
O que eu recomendo?
Não fazer sem a orientação de seu Nutricionista. é um método válido sim, para diabéticos, obesos, e dislipidêmicos mas fazer sozinho sem ser monitorado pode ser prejudicial pois o seu corpo no início não está acostumado com uma privação de alimentos por muito tempo, e ele pode reagir de forma negativa com todos os sintomas que já citei no início do texto. Não são todas as pessoas que podem fazer, principalmente gestantes, mães que amamentam e pessoas que tomam medicamentos controlados é totalmente proibido.
Vá com cautela, mais uma vez reforço procure um nutricionista a qual avalia corretamente a individualidade do paciente e escolhe o melhor plano a seguir. 



Marque uma consulta comigo e juntos escolheremos o melhor a ser feito através de uma rigorosa avaliação.
O meu consultório é no Méier. Ligue ou mande um watsapp: 983428490.

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Lorena